quinta-feira, 29 de abril de 2010

Malabarismo ao som do yidaki

Dia tranqüilo, ensolarado, São Paulo estava perfeito para o domingo. Céu azul, Paulista movimentada no seu lufa-lufa domingueiro. Eu havia treinado na academia e resolvi dar uma voltinha no Center 3 para espiar os artesanatos. Estava ali, envolta em todo aquele trabalho maravilhoso de nossos artesãos, quando ouvi um som exótico, que me fez lembrar um filme – “Encontro com homens notáveis”. Fui em direção à Avenida Paulista, de onde vinha tal som. Logo em frente ao Center 3 vejo dois jovens, sentados sobre um tapete de desenhos orientais, um deles portando um estranho instrumento – de onde provinha o exótico som, e o outro numa posição que parecia de um iogue.
Eram Zuza e Jorge. Zuza é músico e Jorge malabarista.
O instrumento é o yidaki ou didgeridoo, um instrumento de sopro dos aborígenes australianos.
O que veio a seguir foi fantástico. Jorge começou a fazer malabarismos com bolas de cristal – muitas. Som e movimento se fundiram em equilíbrio, ritmo, fluidez, graça, beleza e harmonia. Uma pequena amostra de sua performance pode ser vista neste vídeo. 

Os rapazes costumam se apresentar naquele lugar aos domingos, sempre que o clima é favorável.

Zuza é o músico percussionista, mas é na realidade um multi-instrumentista. Estudou violão, tabla indiana, estuda piano e tem-se dedicado bastante à prática do yidaki.

Jorge é malabarista e atua também como palhaço – Palhaço Cascarita.

Amei. Muito grata a Zuza e Jorge por este presente tão especial.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ipoméia no muro de arrimo

Lembram-se da taioba no dreno do muro?
Naquele mesmo muro, naquele mesmo dia, encontrei também uma ipoméia florida – uma única flor, bem lindinha.

Parecia que me pedia para ser fotografada. Ei-la, formosa!
A ipoméia é uma trepadeira, planta da família das convolvuláceas. Existem ipoméias de várias cores. Seus tubérculos servem de alimento para o homem e animais de criação em todos os países de clima tropical onde é largamente cultivada. A ramagem é boa forragem, além de usada na medicina caseira onde é considerada galactagoga (estimula a produção de leite).


Esta, ao lado, eu encontrei durante a viagem à fazenda, no período de Páscoa.






Tem muitos nomes populares, como batata-doce, batata-da-ilha, batata-da-terra, batata-do-mar, batata-da-praia, campainha, cipó-da-praia, convólvulo-da-praia, corda-de-viola, corriola, ipoméia, ipoméia-rubra, jetirana, jitirana, mata-me-embora-da-praia, morning glory (glória da manhã), pé-de-cabra, salsa-da-praia, trepadeira cardeal.

 
 
 
 
 
Esta eu encontrei em São Francisco Xavier, no caminho para a Pousada A Rosa e o Rei.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Quem é Tommy?

Sábado último, dia 24 de abril, fui dar uma voltinha na Praça Benedito Calixto após o almoço – aquela voltinha pra caminhar e fazer a digestão. Estou ali, no meio do burburinho, quando vejo um homem com seu mascote – exóticos, ambos. O homem por sua figura que se destacava entre as outras pessoas, alto, forte, com roupas pretas, bem apessoado, parecendo até um estrangeiro – quem sabe não o seja. O mascote por ser muito incomum, um bichinho comum no meio rural, mas não aqui na cidade. Era Tommy – uma jibóia.

Olha só, uma parente da Gibo, que encontrei lá na Fazenda Três Voltas, na Páscoa!
O homem chama-se Chris Oliver.
Não resisti e pedi para fotografá-lo com a mascote, no que me atendeu pronta e muito simpaticamente. Satisfeito meu desejo, comecei a perguntar sobre Tommy e ele me explicou que ele (ela) é originária do Amazonas e que a coloração e seu desenho muda conforme a região de origem.
Mas o mais emocionante ainda estava por vir. Quando eu fiz menção de me despedir, ele disse que agora era a vez dele tirar uma foto minha com Tommy.
UAU!!!... gente, nunca imaginei tal situação! Bem, me enchi de coragem, confiei em Chris, que jamais faria nada que pudesse irritar sua querida mascote, e fotografei. Não posso dizer que não tenha ficado um tanto nervosa, mas foi mais agradável do que imaginei, pois pensei que esse tipo de animal fosse gelado e desagradável ao toque, mas não é. Como Tommy estava junto ao corpo de Chris antes de estar no meu pescoço, ela estava na temperatura do corpo dele, mas se estivesse num lugar frio, ela ficaria fria também.
Nossa, essa experiência foi realmente emocionante. Valeu!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pau formiga

Um dia, quando as cows da CowParade estavam expostas no Shopping Cidade Jardim, em sua exposição pré-leilão, eu fui até lá para registrar o rebanho.

Fiquei tão entretida fotografando que não me dei conta do tempo que passou e quando percebi já eram 16:00 horas e era por isso que eu já tinha sintomas de hipoglicemia, querendo desmaiar. O interessante é que não sentia fome.

Resolvi sair de lá e buscar um lugar para me alimentar. Não quis comer por lá, até porque a essa hora quase nenhum restaurante está aberto.

Lembrei-me de uma mercearia japonesa que fica no Caxingui e vende comida pronta bem gostosa. Resolvi ir pra lá passando por dentro do bairro, pois sabia que estava próxima, mas não conhecia muito bem os caminhos.
Devo confessar que me perdi, mesmo com o guia de Sampa nas mãos.
Nessa perdição, passei por uma árvore que estava lindamente florida. Eu já havia visto essa árvore, mas nunca florida dessa maneira. Parei o carro e tentei fotografar, mas a rua era muito estreita e o trânsito muito intenso, além disso, deu-me a impressão de ser um lugar não muito seguro, pois de um lado – o lado onde está a árvore – há uma mata ciliar e do outro um imenso muro de arrimo dos fundos de um prédio. Segui meu caminho, acabei encontrando a mercearia, comprei minha comidinha e fui pra casa.
Mas eu não conseguia parar de pensar naquela linda árvore. Decidi voltar lá assim que pudesse.

Sábado, após ter resolvido diversas pequenas coisas, decidi procurar a árvore. Fui na direção entre o shopping e uma das ruas conhecidas, procurei refazer o caminho, dei muitas voltas e acabei encontrando. É a Rua Maestro Torquato Amore. Quando encontrei a árvore o sol já se punha e a luz era totalmente inconveniente para a fotografia.

Voltei no domingo pela manhã para conseguir as imagens que estão vendo.
A árvore é uma “triplaria brasiliana”, vulgo pau-formiga, ela é bastante vistosa com sua floração vermelha, que só acontece nas árvores fêmeas. Naquelas do gênero masculino as flores são pequenas e de cor cinza. Muito utilizada no paisagismo, pois mantêm a floração por vários meses. Sua floração acontece entre maio e junho, e dura um bom tempo em cada árvore. Ainda é conhecida como pau-de-novato, formigueiro, novateiro, pau-de-formiga, paliteiro, taquari, pajeú, tachi e tangarana.
Depois que descobri tudo isso sobre a árvore, entendi porque a árvore que há em frente ao prédio em que morei, na Rua dos Pinheiros, nunca floresceu como aquela que encontrei no Morumbi. Ela deve ser uma árvore macho.

domingo, 25 de abril de 2010

Encanto tropical

Esta é uma mostra que acontece na Fundação Japão, entre os dias 16 de abril e 07 de maio de 2010.

Coréia do Sul e Japão se unem em evento inédito. A mostra celebra os 10 anos de abertura da Coréia do Sul ao intercâmbio cultural japonês e os 50 anos de relações diplomáticas com o Brasil.
A abertura aconteceu no dia 15 de abril e Kimi Nii, ceramista participante da mostra e minha amiga, convidou-me para o evento.
Lá encontrei outros amigos, como Hugo Matsumoto e Marinês Takano.
Além da exposição incluindo fotografia, óleo sobre tela, cerâmica de alta temperatura, óleo sobre metal e outras técnicas, a programação do evento inclui recital de poemas, cerimônia do chá e exibição de filmes culturais.
 
Além das obras artísticas expostas, encantou-me as vitrines com bonecas japonesas e armadura de samurai expostas na entrada do evento.