sábado, 30 de outubro de 2010

83ª Exposição de Orquídeas - Setembro 2010

A 83ª Exposição de Orquídeas teve lugar de 17 a 19 de setembro de 2010, tradicionalmente no espaço da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social, por muitos conhecido como Bunkyô. Fica na Rua São Joaquim 381, no Bairro da Liberdade.
Área da exposição propriamente dita
Área de comercialização
A Associação Orquidófila de São Paulo – AOSP organiza três exposições ao ano, nos meses de março, setembro e dezembro.














O evento é sempre um desfile infinito de flores de beleza indescritível. A cada exposição são trazidos novos espécimes nacionais e estrangeiros.

















Desta vez, fui logo no primeiro dia e muito bem acompanhada por amigos que, ou são apaixonadas por flores, ou estão descobrindo um novo universo além dos livros. Estavam junto comigo Flávio, arquiteto enlouquecidamente apaixonado por orquídeas; Rodrigo, engenheiro, admirador incondicional da beleza; e Márcio, geógrafo, que adentra um novo espaço em sua vida – maior proximidade com o bairro oriental e o mundo dos cultivadores e apreciadores das orquídeas.
Márcio, Flávio e Rodrigo
Geni, Márcio e Flávio

Márcio e Flávio















O que mais me encantou nesta exposição, tanto a orquídea como sua história, foi uma orquídea (Cattleya Schilleriana Reichenbach) que havia sido considerada extinta por um período de vários anos e foi encontrada no Estado do Espírito Santo, tendo sido resgatada e conseguiu-se sua reprodução.
Cattleya Schilleriana Reichenbach
Ela é maravilhosa!
Difícil mesmo foi selecionar as fotos, dentre as quase 300 que restaram após o expurgo das que não ficaram boas, para colocar aqui! Portanto, se quiserem ver as quase 300, visitem
http://gmorita.multiply.com/photos/album/66 , 67 e 68.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dr. João Ernesto Faggin


Praça Dr. João Ernesto Faggin
Há uma praça na Vila Madalena que homenageia este médico. É nesta praça que encontrei lindas paineiras em maio deste ano e sobre as quais escrevi uma pequena matéria no dia 5 de junho – Dia do Meio Ambiente.

Qual não foi minha surpresa na semana passada quando, “dando uma voltinha no meu blog – coisas de galinha choca”, me emocionei ao encontrar um comentário de uma pessoa muito especial – Alba Regina Faggin. Até perdi o fôlego ao ler seu comentário, que aqui reproduzo, ao fazer questão de registrar o fato.

Obrigada, Alba Regina.

"O nome desta praça foi dado em homenagem ao meu pai: Joaõ Ernesto Faggin, médico, falecido aos 23 de dezembro de 1979. Ele manteve consultório em Vila Madalena por 20 anos, na rua Girassol, 481. Tinha paixão pela vila e por sua pofissão e, com certeza deve estar muito feliz (onde estiver), porque nessa praça vive uma paineira rosa, tão linda!

Que suas flores possam presentear a alma bondosa e fraterna de meu saudoso pai!!!!

Saudade.....

Alba Regina"
(3 de setembro de 2010, 22:56)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Laura e a Anja Dyuchad - O Convite

Laura e a Anja Dyuchad - O Lançamento

Ontem tive o maior orgulho de ir até a Livraria da Vila, Moema, para o lançamento da série “A Anja Dyuchad e os Reinos da Natureza”, composta por quatro livros do poeta e escritor Gylmar Chaves, com ilustrações da artista plástica Laura Cardoso Pereira.
Conheci Laura há muitos anos, quando trabalhamos juntas. Tenho um carinho especial por esta querida amiga, apesar de pouco podermos nos encontrar.
Lá, na livraria, conheci Gylmar que é muito simpático e parece ser uma pessoa muito interessante.




A série lançada compõe-se da Anja Dyuchad mostrando os reinos da Água, Terra, Fogo e Ar.


Desejo grande sucesso aos artistas.

domingo, 24 de outubro de 2010

A florada do ipê-rosa

O ipê rosa está florindo majestosamente em São Paulo. Fiquei tão encantada e entusiasmada que, após bastante tempo um tanto desligada dos blogs, saí hoje pela manhã a fotografar alguns exemplares mais próximos de onde moro.

Ipê-rosa na Rua Luís Coelho
Após as fotos organizadas, fui dar aquela pesquisadinha ligeira, pra saber um pouco mais sobre a espécie e fiquei surpreendida com o que li.


O nome “oficial” do ipê rosa é Tabebuia pentaphylla ou Tabebuia rosea. É mais uma brasileira.
 
Além do nome ipê-rosa, é também conhecido como ipê-comum, ipê-reto, ipê-roxo da mata, pau d'arco-roxo, etc.
Ipês-rosa na Rua Luís Murat

O primeiro estranhamento foi que, dizem os textos técnicos, a floração se inicia em junho e pode acontecer até setembro. Oras, estamos em final de outubro e só agora é que o ipê rosa floresce aqui! E os ipês amarelo, branco e roxo já floresceram por aqui! E estes costumam florir após o mês de julho, ou seja, após o rosa. Será que a pobre da Natureza esta doidinha?
A segunda surpresa foi descobrir que este ipê é recomendado para recuperação de ecossistemas degradados, sendo considerada promissora para revegetação de áreas contaminadas com metais pesados. Não é fantástico!


Ipê-rosa na Rua Belmiro Braga

Será que por isso é que plantaram tantos ipês rosa aqui em São Paulo? Pois eu não os via em tamanha abundância por aqui. Tanto que, quando da primeira vez que fui para os lados do Mato Grosso do Sul, o ipê rosa estava florido e eu fiquei encantadíssima com as flores dessa árvore.

Ipês-rosa na Av. Faria Lima
A terceira admiração: há 253 espécies de ipê, com várias cores de flor. Eu jamais poderia imaginar tamanha diversidade de ipês. Já pensou quantas flores lindas elas são capazes de produzir?
Apesar das lindas flores que nos oferecem, a principal utilidade dos ipês são como árvores de madeira, que é usada para mobília e outros usos ao ar livre. Ela é mais densa do que a água e apresenta alta resistência contra insetos e possui grande durabilidade.
A casca de diversas espécies tem propriedades médicas. A casca é secada e fervida,  produzindo um chá amargo ou ácido de colorido acastanhado. O chá da casca interna de Ipê rosa (T. impetiginosa) é um remédio erval usado tipicamente durante a gripe e a estação fria e, ainda, pode ser usado para o alívio da tosse do fumante. Trabalha aparentemente como o expectorante, estimulando os pulmões a tossir e se livrar do muco e contaminadores profundamente encaixados.

Flores do ipê rosa

É definitivamente uma brasileirinha muito especial!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Jantar no Restaurante Maní

No dia 16 de outubro, eu e minhas amigas Ivone e Suzy, gaúchas de Porto Alegre, fomos degustar a famosa gastronomia do Restaurante Maní, da chef gaúcha Helena Rizzo e do chef catalão Daniel Redondo.
Degustando bochecha de boi. Deliciosa!
Foi uma noite ótima, melhor não poderia ser, boa companhia, bela noite, belo lugar, ótima comida, muita alegria, muitas histórias e muita satisfação.
A lenda de Mani

Nasceu uma indiazinha linda e a mãe e o pai tupis espantaram-se:
- Como é branquinha esta criança!
E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua. Chamaram-na Mani. Mani era linda, silenciosa e quieta. Comia pouco e pouco bebia. Os pais preocupavam-se.
- Vá brincar, Mani, dizia o pai.
- Coma mais um pouco, dizia a mãe.
Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha. Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, não se levantou da rede. O pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas à menina. Mas não atinava com o que tinha Mani. Toda a tribo andava triste. Mas deitada em sua rede, Mani sorria, sem doença e sem dor.
E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca. E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os indos Tupis. Regavam com lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa.
- Que planta será esta? Perguntaram, admirados. Ninguém a conhecia.
- É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios.
E continuaram a regar o brotinho mimoso. A planta desconhecida crescia depressa. Poucas luas se passaram e ela estava altinha com o caule forte, que até fazia a terra se rachar em torno.
- A terra parece fendida, comentou a mãe de Mani.
- Vamos cavar?
E foi o que fizeram. Cavaram um pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos meninos índios. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani surgia a nova planta!
- Vamos chamá-la Mani-oca, resolveram os índios.
- E para não deixar que se perca, vamos transformar a planta em alimento!
Assim fizeram. Depois, fincando outros ramos no chão, fizeram a primeira plantação de mandioca. E até hoje entre os índios do Norte e Centro do Brasil é este um alimento muito importante.
E, em todo Brasil, quem não gosta da plantinha misteriosa que surgiu da casa de Mani?

fonte: http://www.manimanioca.com.br/ , o site do próprio restaurante!