quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vincent Van Gogh e o Pau-ferro

Praça Vincent Van Gogh, na continuidade da Rua Panamá, próxima à Avenida Henrique Schaumann. Foi ali que deixei o carro para fotografar uma das cows da CowParade, a Pedalinho. E foi assim que encontrei estas belíssimas árvores pau ferro, como também as palmeiras caryotas mitis, conhecidas como “palmeira rabo de peixe” (matéria do dia 11/04/2010, sob o título “Rabo-de-peixe vegetal”).
Pau ferro é o nome popular da Caesalpinia ferrea, que também é conhecida como jucá, ibirá-obi, imirá-obi e muiré-itá. Esta maravilha é aparentada com o pau-brasil, sabiam?

“O pau-ferro é um árvore de folhas perenes (e semi-decídua), nativa da mata atlântica, ocorrendo do sudeste ao nordeste do Brasil, nas florestas pluviais de encosta atlântica. Possui copa arredondada e ampla e apresenta um porte imponente. O tronco é claro, marmorizado, liso e descamante, o que lhe confere em efeito decorativo interessante. A floração ocorre no verão e outono. As flores são amarelas, pequenas, e de importância ornamental secundária. Os frutos são vagens duras que amadurecem no inverno.
Esta árvore é bastante visada para o paisagismo por suas características ornamentais e de sombreamento. Apesar do porte, não possui raízes agressivas, o que é um fator importante de escolha para arborização urbana. Deve-se evitar, no entanto, o plantio em calçadas, sob fiação elétrica, e em locais de transito intenso de pessoas e carros, pois os ramos tendem a quebrar e cair em tempestades, oferecendo perigo. Como o próprio nome já diz, o pau-ferro possui madeira dura, densa, durável e resistente, de excelente qualidade para a fabricação de violões e violinos, e para construção civil, na construção de vigas, esteios, caibros, etc. Seu crescimento é rápido, principalmente nos primeiros anos. Em recuperação de áreas degradadas, o pau-ferro também é uma excelente escolha, por crescer bem em áreas abertas”. (fonte: http://www.jardineiro.net/br/banco/caesalpinia_ferrea.php)
Mas sua utilidade não se restringe à decoração urbana, esta planta tem também sua importância medicinal. “O extrato das folhas dessa árvore foi capaz de reduzir pra valer o estrago provocado por úlceras no estômago de roedores — revela uma pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP). O mesmo trabalho, porém, pôs por terra a crença popular de que esse benefício se encontra no caule da planta. Ela tem, sim, um efeito protetor, mas não se compara ao das folhas. 'O extrato se mostrou tão ou mais ativo do que remédios alopáticos usados contra a doença', diz a bióloga Fabiana Gaspar Gonzalez, autora do estudo. Falta ainda descobrir o composto ou o grupo de substâncias responsáveis por tamanha benesse.
A sabedoria popular já consagrou o pau-ferro como "pau pra toda obra". A casca é utilizada na receita de um xarope contra diabetes, gota, infecções bronco-pulmonares (asma e bronquite), infecções intestinais, disenterias, diarréias, cáries, gengivite, reumatismo, sífilis. A infusão das folhas e dos frutos funcionaria para tratar inflamações hepáticas e tuberculose. Outra infusão, que leva raspas da casca da árvore com folhas de manga, afastaria a gripe. Essas propriedades, no entanto, carecem de comprovação científica”.
(fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0264/medicina/conteudo_90770.shtml
Além de todas estas características decorativas e medicinais, uma das árvores desta praça serve de abrigo – e quê abrigo! – para uma samambaia paulistinha ou rabo-de-gato, cujo nome científico é nephrolepis pectinata ou aspidium pectinatum.
É uma samambaia bastante rústica e que tem origem no Chile, México, Japão e Nova Zelândia. É uma planta muito indicada como forração, assim como bordaduras junto a muros e em vasos e jardineiras. É resistente ao frio e muito vigorosa, tornando-se planta invasora em muitos casos. Como as outras samambaias, aprecia a umidade e o calor.
(fonte: http://www.jardineiro.net/br/banco/nephrolepis_pectinata.php )

terça-feira, 25 de maio de 2010

MaiFest 2010

Pela primeira vez fui verificar uma festa alemã em São Paulo. Foram meus amigos Moá & Kaê que me falaram dela. Foi a XI Maifest 2010.
Aconteceu nos dias 22 e 23 de maio, celebrando a chegada da Primavera alemã.
Fui junto com a Mara e foi muito interessante. A programação é bastante variada e cultural, com orquestras de música erudita e jazz, MPC, música eletrônica alemã e percussão brasileira, world music, danças folclóricas, exposições nacionais e internacionais, filmes, folclore húngaro, alemão, turco e brasileirão, além da gastronomia e do artesanato.
Destaque para os conjunto de música típicos alemães que tocavam na rua, muitas vezes brincando com as pessoas
E a barraca de doces, então, nossa!... uma perdição....
O conjunto de fotos ali obtidas pode ser visto no endereço http://gmorita.multiply.com/photos/album/64/64

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Grafite na Girassol

Num domingo pela manhã, quando fui até os lados do Morumbi, para fotografar a árvore triplaris (matéria do dia 26/04/2010, sob o título “Pau formiga”), ao voltar pra casa olhei para o muro deste estacionamento, que nunca havia visto totalmente vazio, e encontrei esta beleza.
Claro que parei na hora para registrar a imagem. Definitivamente, tenho encontrado pinturas grafite muito interessantes.

Gostaria de aprender a identificar suas assinaturas, ou tags, que é como denominam assinatura ou pseudônimo.

Pesquisando um pouco mais sobre grafite, eis o que encontrei sobre sua descrição:

“Normalmente distingue-se o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pichação, quase sempre considerada como contravenção. No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis, como Osgemeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo - aí incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres - admitem ter um passado de pichadores.
A partir do movimento contracultural de maio de 1968, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas ad nauseam, como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip-hop, e a variados graus de transgressão.
Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX”. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafite)
Procurei saber, também, um pouco sobre os famosos “os gêmeos”.

“Os Gêmeos são uma dupla de irmãos gêmeos idênticos grafiteiros de São Paulo, nascidos em 1974, cujos nomes reais são Otávio e Gustavo Pandolfo. Formados em desenho de comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos da Campos, começaram a pintar grafites em 1987 no bairro em que cresceram, o Cambuci, e gradualmente tornaram-se uma das influências mais importantes na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite.
Os trabalhos da dupla estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política; o estilo formou-se tanto pelo hip hop tradicional como pela pichação.

Em 22 de maio de 2008, executaram a pintura da fachada da Tate Modern, de Londres, para a exposição Street Art, juntamente com o grafiteiro brasileiro Nunca, o grupo Faile, de Nova York; JR, de Paris; Blu, da Itália; e Sixeart, de Barcelona”.
(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Osgemeos )

terça-feira, 18 de maio de 2010

Beleza e Saber - Plumária Indígena


Esta exposição foi a que mais me encantou no ano passado. Fiquei tão enlouquecida com ela que lá estive cerca de sete vezes, fotografei tanto que só agora consegui organizar parte das 500 fotos que tirei.


A exposição “Beleza e Saber – Plumária Indígena” foi parte integrante das comemorações dos 20 anos do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo – USP. A Caixa Cultural São Paulo trouxe a exposição para a Galeria da Vitrine da Paulista, no período entre 03 de outubro e 29 de novembro de 2009.

Beleza e Saber são palavras que traduzem a essência dessa mostra que aborda as culturas indígenas brasileiras, dando destaque à estética, ao uso e contexto cultural onde estes artefatos são criados e utilizados para distintas necessidades culturais.
As palavras que se seguem foram copiadas do próprio site da Caixa Cultural.
(www.caixa.gov.br/caixacultural)




"Esta exposição desenvolve-se em dois módulos conceituais explicitando, ainda que sucintamente, a importância da plumária na vida das sociedades indígenas no território brasileiro. O primeiro módulo, a Construção da Beleza, apresenta aspectos relativos à tecnologia. O segundo, mais amplo, a Manifestação do Saber, exemplifica as diferenças estilísticas e a enorme gama de significações dos artefatos plumários, sejam adornos corporais, sejam de diferentes categorias.

O termo plumária refere-se à utilização de penas, plumas e penugens de variadas aves na confecção de artefatos, na maior parte adornos corporais. As especificidades morfológico-técnicas e cromáticas da plumária indígena permitem enumerar diversos estilos provenientes de universos culturais que variam entre si, tanto por modos próprios de classificar o mundo, como por distintas situações ambientais e históricas.

Os artefatos veiculam mensagens de vários tipos, permitindo a identificação étnica e social do indivíduo, sua posição dentro do grupo e dos grupos entre si. Reportam-nos também ao sistema de crença e ao tempo histórico-mitologico das diferentes culturas indígenas. Além de enfeites, portanto, são símbolos e, por isso usados nos ritos e cerimônias, campo simbólico por excelência das culturas humanas."








Os procedimentos técnicos básicos na manufatura dos artefatos referem-se à junção das penas e dos demais materiais (tecidos, fios, resinas, unhas de animais, sementes, folhas, taquaras, madeiras, peles) por amarração ou colagem. A fieira de penas, cujos detalhes técnicos variam entre as diferentes sociedades, é a forma mais comum de amarração. O mosaico de plumas, por seu lado, constitui a técnica de colagem mais utilizada.


 Estojo de adornos plumários, penas e outros objetos. Cesto elíptico de trançado dobrado de folíolos de babaçu.


Estojo de diademas de penas de arara feito com palha de palmeira buriti.

Guardam-se os diademas dobrados.



 
Flauta reta de osso com emplumação: no culto secreto masculino do Jurupari entre os Tukáno, um dos principais objetivos é propiciar a volta da colossal anaconda, cobra-canoa em cujo bojo se criou a humanidade. Todos os artefatos rituais a representam, e por meio da magia do xamã, unem-se para formar o corpo adornado do réptil sagrado. As fieiras de penas que enfeitam as flautas de osso de mamífero, como esta de retrizes vermelhas de araras, são consideradas as jarreteiras da cobra.

A coleção de fotos por mim obtidas na exposição podem ser encontradas nos endereços abaixo :
http://gmorita.multiply.com/photos/album/39 
http://gmorita.multiply.com/photos/album/40
http://gmorita.multiply.com/photos/album/41