terça-feira, 18 de maio de 2010

Beleza e Saber - Plumária Indígena


Esta exposição foi a que mais me encantou no ano passado. Fiquei tão enlouquecida com ela que lá estive cerca de sete vezes, fotografei tanto que só agora consegui organizar parte das 500 fotos que tirei.


A exposição “Beleza e Saber – Plumária Indígena” foi parte integrante das comemorações dos 20 anos do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo – USP. A Caixa Cultural São Paulo trouxe a exposição para a Galeria da Vitrine da Paulista, no período entre 03 de outubro e 29 de novembro de 2009.

Beleza e Saber são palavras que traduzem a essência dessa mostra que aborda as culturas indígenas brasileiras, dando destaque à estética, ao uso e contexto cultural onde estes artefatos são criados e utilizados para distintas necessidades culturais.
As palavras que se seguem foram copiadas do próprio site da Caixa Cultural.
(www.caixa.gov.br/caixacultural)




"Esta exposição desenvolve-se em dois módulos conceituais explicitando, ainda que sucintamente, a importância da plumária na vida das sociedades indígenas no território brasileiro. O primeiro módulo, a Construção da Beleza, apresenta aspectos relativos à tecnologia. O segundo, mais amplo, a Manifestação do Saber, exemplifica as diferenças estilísticas e a enorme gama de significações dos artefatos plumários, sejam adornos corporais, sejam de diferentes categorias.

O termo plumária refere-se à utilização de penas, plumas e penugens de variadas aves na confecção de artefatos, na maior parte adornos corporais. As especificidades morfológico-técnicas e cromáticas da plumária indígena permitem enumerar diversos estilos provenientes de universos culturais que variam entre si, tanto por modos próprios de classificar o mundo, como por distintas situações ambientais e históricas.

Os artefatos veiculam mensagens de vários tipos, permitindo a identificação étnica e social do indivíduo, sua posição dentro do grupo e dos grupos entre si. Reportam-nos também ao sistema de crença e ao tempo histórico-mitologico das diferentes culturas indígenas. Além de enfeites, portanto, são símbolos e, por isso usados nos ritos e cerimônias, campo simbólico por excelência das culturas humanas."








Os procedimentos técnicos básicos na manufatura dos artefatos referem-se à junção das penas e dos demais materiais (tecidos, fios, resinas, unhas de animais, sementes, folhas, taquaras, madeiras, peles) por amarração ou colagem. A fieira de penas, cujos detalhes técnicos variam entre as diferentes sociedades, é a forma mais comum de amarração. O mosaico de plumas, por seu lado, constitui a técnica de colagem mais utilizada.


 Estojo de adornos plumários, penas e outros objetos. Cesto elíptico de trançado dobrado de folíolos de babaçu.


Estojo de diademas de penas de arara feito com palha de palmeira buriti.

Guardam-se os diademas dobrados.



 
Flauta reta de osso com emplumação: no culto secreto masculino do Jurupari entre os Tukáno, um dos principais objetivos é propiciar a volta da colossal anaconda, cobra-canoa em cujo bojo se criou a humanidade. Todos os artefatos rituais a representam, e por meio da magia do xamã, unem-se para formar o corpo adornado do réptil sagrado. As fieiras de penas que enfeitam as flautas de osso de mamífero, como esta de retrizes vermelhas de araras, são consideradas as jarreteiras da cobra.

A coleção de fotos por mim obtidas na exposição podem ser encontradas nos endereços abaixo :
http://gmorita.multiply.com/photos/album/39 
http://gmorita.multiply.com/photos/album/40
http://gmorita.multiply.com/photos/album/41

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