sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Jantar no Restaurante Maní

No dia 16 de outubro, eu e minhas amigas Ivone e Suzy, gaúchas de Porto Alegre, fomos degustar a famosa gastronomia do Restaurante Maní, da chef gaúcha Helena Rizzo e do chef catalão Daniel Redondo.
Degustando bochecha de boi. Deliciosa!
Foi uma noite ótima, melhor não poderia ser, boa companhia, bela noite, belo lugar, ótima comida, muita alegria, muitas histórias e muita satisfação.
A lenda de Mani

Nasceu uma indiazinha linda e a mãe e o pai tupis espantaram-se:
- Como é branquinha esta criança!
E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua. Chamaram-na Mani. Mani era linda, silenciosa e quieta. Comia pouco e pouco bebia. Os pais preocupavam-se.
- Vá brincar, Mani, dizia o pai.
- Coma mais um pouco, dizia a mãe.
Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha. Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, não se levantou da rede. O pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas à menina. Mas não atinava com o que tinha Mani. Toda a tribo andava triste. Mas deitada em sua rede, Mani sorria, sem doença e sem dor.
E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca. E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os indos Tupis. Regavam com lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa.
- Que planta será esta? Perguntaram, admirados. Ninguém a conhecia.
- É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios.
E continuaram a regar o brotinho mimoso. A planta desconhecida crescia depressa. Poucas luas se passaram e ela estava altinha com o caule forte, que até fazia a terra se rachar em torno.
- A terra parece fendida, comentou a mãe de Mani.
- Vamos cavar?
E foi o que fizeram. Cavaram um pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos meninos índios. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani surgia a nova planta!
- Vamos chamá-la Mani-oca, resolveram os índios.
- E para não deixar que se perca, vamos transformar a planta em alimento!
Assim fizeram. Depois, fincando outros ramos no chão, fizeram a primeira plantação de mandioca. E até hoje entre os índios do Norte e Centro do Brasil é este um alimento muito importante.
E, em todo Brasil, quem não gosta da plantinha misteriosa que surgiu da casa de Mani?

fonte: http://www.manimanioca.com.br/ , o site do próprio restaurante!

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