terça-feira, 8 de junho de 2010

O Ficus que não ficou

No dia 14 de março de 2010 muitas árvores tombaram nos campos de São Paulo. O tempo ficou temperamental, fazia muito calor, choveu e ventou. Quando chegou a bonança a contagem foi alta – mais de 200 árvores haviam tombado. (ver matéria de 15 de março de 2010 – Depois da chuva e do vendaval)

Dentre elas este ficus benjamina que estava há muito tempo na Rua Medeiros de Albuquerque, plantada naquele lugar para dar sombra, oxigênio e embelezar aquela rua da Vila Madalena. Seu vizinho, outro ficus benjamina, também sofreu sérias avarias, mas ainda conseguiu se manter vivo.


No dia em que registrei estas imagens, havia ido ao supermercado providenciar o abastecimento alimentar semanal de casa. Foi quando encontrei esta situação das árvores, sendo transformadas em lenha, e também a reconstituição do muro de arrimo junto ao qual se encontrava a árvore, onde estava sendo aplicado um grafite que me impressionou por diversos motivos, mas o importante registrar aqui é a grande capacidade de renovação que há no mundo. (Arte grafite na rua Medeiros de albuquerque, dia 14 de abril de 2010)

O ficus benjamina também é conhecido como ficus benjamini e ficus nítida. Seus nomes populares são fícus, figueira, fico ou fico-chorão. Tem origem na Ásia e Austrália.

(fonte: http://www.jardineiro.net/br/banco/ficus_benjamina.php)
O ficus é uma árvore muito popular, utilizada principalmente na decoração de ambientes internos. Com caule acinzentado, raízes aéreas e ramos pêndulos, ela tem crescimento moderado e em condições naturais, chega a 30 metros de altura. Suas folhas são pequenas, brilhantes e perenes, de coloração verde ou variegada de branco ou amarelo. Elas têm formato elíptico com a ponta acuminada e apresentam leves ondulações nas bordas. As flores discretas e brancas não têm valor ornamental. Os frutos pequenos e vermelhos são decorativos e atraem passarinhos. Suas raízes agressivas e superficiais chamam a atenção, e não raramente racham vasos e pavimentos.

O ficus é uma árvore belíssima, largamente utilizada no paisagismo. Recomenda-se o plantio isolado desta figueira em jardins extensos e fazendas, onde o aspecto escultural do caule têm destaque especial. Plantada em vasos, também pode ser conduzida como arvoreta ou arbusto. Seu caule flexível permite que se realize trançamentos quando jovem, o que lhe dá um charme todo especial. Além disso é muito visada em trabalhos topiários, adquirindo belas formas arredondadas e compactas. Suas características a tornam bastante apropriada também para a arte do bonsai.

Infelizmente, no entanto, devido a sua popularidade, o ficus vem sendo implantado em locais impróprios, como em calçadas, ruas e próximo a muros e construções. Com o desenvolvimento da árvore, as raízes agressivas acabam provocando grandes danos às estruturas e tubulações subterrâneas, de forma que já é proibido o seu plantio em diversas cidades. Todo cuidado é pouco ao podar o ficus, sua seiva leitosa é tóxica e pode provocar irritações e alergias na pele.

Deve ser cultivado a pleno sol ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. É bastante rústico, mas quando plantado em vasos ou em ambientes de interior (residências, escritórios) não se adapta a mudanças constantes de lugar e não suporta correntes de ar frio, encharcamentos e ar-condicionado. Quando estressado por estes fatores é comum que suas folhas amarelem e caiam, mas pode rebrotar com vigor depois de resolvido o problema. Plantas em vasos devem ser adubadas mensalmente na primavera e verão, e transplantadas para um vaso maior uma vez ao ano. Multiplica-se por estacas lenhosas e sementes.

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