Um dia, caminhava pela Rua Altino Arantes no bairro da Aclimação, era tarde de verão ensolarado e fazia um calor digno de África. Era dezembro. O mundo se preparava para as festas de final de ano. Ao passar diante duma casa, parei. O que eu via despertou em mim um profundo sentimento nostálgico. Aquele jardim, os muros de pedra vermelha, as grades com desenhos cheio de curvas e torções. Era um jardim como muitos daqueles que fizeram parte da minha infância. O jardim continha espécimes vegetais que faziam parte da minha infância, especialmente a íris.
Estas íris.
Fotografei. Ei-las.
Fiquei com saudades dos Natais da minha infância.
Este blog, criado em 12 de agosto de 2009, tem sua existência relacionada a um grupo de amigos que adotou o nome de Turmitinhas. As pessoas do grupo, em algum momento de suas vidas, frequentaram o curso de Desenho do Dalton e esse fato trouxe uma luz extra para nossas vidas. Aqui, quero compartilhar alguns de meus prazeres de vida, mas não todos, claro!
terça-feira, 30 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Aldemir Martins na Estação Tatuapé do Metrô de São Paulo
Na ocasião em que fui até a Estação Tatuapé do metrô para fotografar a cow “Que vaca, brother!” da CowParade 2010 - São Paulo, encontrei este mural maravilhoso ali mesmo, no mezanino daquela estação, onde também estava a privilegiada cow.
Porque privilegiada? Porque faz parte de um conjunto admirável: a própria estação, o mural, o quiosque da biblioteca e ela própria, a vaca.
O título do mural é “Inter-relação entre o Campo e a Cidade” , datado de 1993.
Seu autor é, nada mais nada menos, que Aldemir Martins, que usou a técnica de cerâmica pintada.
A obra tem 2,90 metros de altura por 24,80 metros de comprimento.
A Estação Tatuapé está na Linha 3-Vermelha do metro de São Paulo, que conecta a Zona Oeste à Zona Leste da cidade.
Este é mais um lugar que a cow da CowParade me levou e que dificilmente eu escolheria para conhecer nesta imensa cidade e ganhei este presente maravilhoso.
Mais uma vez sou grata à CowParade e, em especial, à “Que vaca, brother!”
Porque privilegiada? Porque faz parte de um conjunto admirável: a própria estação, o mural, o quiosque da biblioteca e ela própria, a vaca.
O título do mural é “Inter-relação entre o Campo e a Cidade” , datado de 1993.
Seu autor é, nada mais nada menos, que Aldemir Martins, que usou a técnica de cerâmica pintada.
A obra tem 2,90 metros de altura por 24,80 metros de comprimento.
A Estação Tatuapé está na Linha 3-Vermelha do metro de São Paulo, que conecta a Zona Oeste à Zona Leste da cidade.
Este é mais um lugar que a cow da CowParade me levou e que dificilmente eu escolheria para conhecer nesta imensa cidade e ganhei este presente maravilhoso.
Mais uma vez sou grata à CowParade e, em especial, à “Que vaca, brother!”
quinta-feira, 18 de março de 2010
Ditirambos - Ciça Camargo
Para mim foi uma grande e agradável surpresa saber que Ciça Camargo estava expondo no metrô – onde trabalho. Por quê? Porque conheci Ciça nas épocas de estudos musicais no Espaço Musical e é alguém por quem tenho um carinho especial. A vida nos levou por caminhos diversos, mas há ocasiões em que temos notícias através de outras pessoas, como a Mara. Saber que Ciça faz suas molduras com Mara também foi uma agradabilíssima surpresa. Aliás, costumo dizer que o mundo é do tamanho de uma ervilha!
Pois então, na segunda metade de 2009, Ciça Camargo esteve ciganamente nas estações do metrô de São Paulo.
Sua exposição itinerante Ditirambos esteve em várias estações, como Ana Rosa, Tatuapé, Largo Treze. Eu a encontrei em Ana Rosa e registrei poucas imagens, por dois motivos: falta de intimidade com o ferramental fotográfico e interferência da iluminação da estação.
Eis o que o curador Antonio Carlos Abdalla escreveu sobre Ditirambos:
"Ao encontrar uma série de 8 desenhos de Ciça Camargo veio-me à mente o teatro grego clássico.
Os ângulos retilínios dos movimentos arcaicos, os passos forte,s a dança de ritmo marcado, as máscaras, a intensidade dramática interior e o canto coral de caráter apaixonado (alegre ou sombrio), chamado ditirambo, são marcas da tragédia grega. Sem esquecer, é claro, dos textos dos grandes autores- premonitórios e definitivos sobre a psique humana.
Estranha essa escolha para ser mostrada em estações do Metrô paulistano? Talvez. Mas se justifica. Guardadas as distâncias de tempo e espaço, de estética e catarse, a agitação frenética dos usuários do metrô reúne, observada com atenção, todas as características do teatro grego. Afinal, aquela arte é tradutora permanente da vida, ali sempre celebrada.
A própria Ciça surpreendeu-se com a seleção das obras. Convenci-a, lembrando da proximidade da sensibilidade do artista com o mundo. E aqui está a ousadia justificada, como uma celebração festiva – uma dionisíaca urbana. Homenagem a todos nós.
Antonio Carlos Abdalla
Curador"
Descobri que Ciça tem um blog, onde é possível saber um pouco desta exposição, através da própria autora.
O endereço? http://cicacamargo1.blogspot.com/
Há também um filme que foi realizado pela cineasta Julia, a pedido de Ciça, no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=TQPrIewBHiE
Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho de Ciça, pode encontrá-la no site: http://www.cicacamargo.com/
Pois então, na segunda metade de 2009, Ciça Camargo esteve ciganamente nas estações do metrô de São Paulo.
Sua exposição itinerante Ditirambos esteve em várias estações, como Ana Rosa, Tatuapé, Largo Treze. Eu a encontrei em Ana Rosa e registrei poucas imagens, por dois motivos: falta de intimidade com o ferramental fotográfico e interferência da iluminação da estação.
Eis o que o curador Antonio Carlos Abdalla escreveu sobre Ditirambos:
"Ao encontrar uma série de 8 desenhos de Ciça Camargo veio-me à mente o teatro grego clássico.
Os ângulos retilínios dos movimentos arcaicos, os passos forte,s a dança de ritmo marcado, as máscaras, a intensidade dramática interior e o canto coral de caráter apaixonado (alegre ou sombrio), chamado ditirambo, são marcas da tragédia grega. Sem esquecer, é claro, dos textos dos grandes autores- premonitórios e definitivos sobre a psique humana.
Estranha essa escolha para ser mostrada em estações do Metrô paulistano? Talvez. Mas se justifica. Guardadas as distâncias de tempo e espaço, de estética e catarse, a agitação frenética dos usuários do metrô reúne, observada com atenção, todas as características do teatro grego. Afinal, aquela arte é tradutora permanente da vida, ali sempre celebrada.
A própria Ciça surpreendeu-se com a seleção das obras. Convenci-a, lembrando da proximidade da sensibilidade do artista com o mundo. E aqui está a ousadia justificada, como uma celebração festiva – uma dionisíaca urbana. Homenagem a todos nós.
Curador"
Descobri que Ciça tem um blog, onde é possível saber um pouco desta exposição, através da própria autora.
O endereço? http://cicacamargo1.blogspot.com/
Há também um filme que foi realizado pela cineasta Julia, a pedido de Ciça, no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=TQPrIewBHiE
Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho de Ciça, pode encontrá-la no site: http://www.cicacamargo.com/
segunda-feira, 15 de março de 2010
Depois da chuva e do vendaval
Vila Madalena, 14 de março de 2010. Fazia muito calor. O tempo virou, à tarde. Tempo temperamental.
Chuva e vento. Muita chuva e muito vento. Ventania mesmo! Depois que tudo passou veio a bonança.
E olha o que encontrei perto de casa, na Rua João Moura. Emoção, comoção! Pobre árvore, pobre da cidade que ficou com uma a menos.
Tanta emoção que a imagem ficou fora de foco, ou será que a fotógrafa é que ficou fora de foco?
E agora? ... o cacho com as frutinhas, que os pássaros tanto apreciam, não mais amadurecerá. Ficou órfão.
Chuva e vento. Muita chuva e muito vento. Ventania mesmo! Depois que tudo passou veio a bonança.
E olha o que encontrei perto de casa, na Rua João Moura. Emoção, comoção! Pobre árvore, pobre da cidade que ficou com uma a menos.
Tanta emoção que a imagem ficou fora de foco, ou será que a fotógrafa é que ficou fora de foco?
E agora? ... o cacho com as frutinhas, que os pássaros tanto apreciam, não mais amadurecerá. Ficou órfão.
sábado, 13 de março de 2010
Uma musa na calçada
Fico imaginando o que minha avó pensaria se eu lhe contasse que encontrei uma musa na calçada. Melhor dizendo, uma bananeira – das mais comuns, no lugar de uma árvore. Acho que ela ia morrer de rir ou me chamar de mentirosa. Caso ela acreditasse, chamaria de louco quem ali a plantou. Mas desde os tempos de minha avó, a coisa mudou, graças aos Céus.
Encontrei esta bananeira – uma musácea, por isso a chamo de musa – perto de casa, na Rua Madalena – Vila Madalena. É um pé de banana nanica.
Hoje em dia os cachos de banana têm sido usados também para decoração de festas ou ambientes.
A bananeira é uma planta do gênero das Monocotiledôneas, da família das musáceas.
Ela é planta herbácea e vivaz. O caule é formado pelas próprias folhas, que se enrolam umas nas outras, folhas essas que têm de 2 a 3 metros de comprimento e são atravessadas de ponta a ponta por uma nervura de largura mediana, havendo também nervuras transversais bastante finas. Flores grandes e frutos carnosos e deliciosos, formando um comprido cacho que se inclina para o chão.
Este vegetal é próprio das regiões tropicais, preferindo os lugares onde predominam sombras e umidade. A bananeira é originária da Ásia ou da África. Entretanto, há quem afirme ser ela também oriunda da América, opinião que se baseia no fato de que já medravam em nosso continente, antes de Colombo e Cabral pisarem terras americanas. É conhecida e saboreada desde tempos imemoriais e há milênios já se fazia a sua cultura na Índia.
Há várias espécies de bananeiras, das quais apresentamos, a seguir, algumas das de maior importância: brava; maça; do paraíso ou figueira de adão; dos sábios; caturra, anã ou nanica; prata; da terra; pacova; são tomé; ouro; etc.
A Banana nanica é uma planta indígena do Brasil, de pouco crescimento, mas de grande produção, pois dá cachos muito grandes com cerca de 150 bananas cada um. Esta espécie é bastante rendosa do ponto de vista comercial, em virtude da grande quantidade de frutos que produz, e sua exportação se faz em larga escala.
A Bananeira é uma planta preciosa e de grande utilidade. É alimento do homem e dos animais e serve para cobertura de casas. Produz fibras têxteis utilizadas na fabricação de papel; uma seiva adstringente muito aproveitada pela medicina; vinagre, aguardente, açúcar, álcool, vinho, etc.
Outro produto de valor da Bananeira é a conhecida farinha de banana, que constitui um alimento de primeira ordem, em virtude de suas propriedades medicinais e de alto poder nutritivo. É incontestável sua importância econômica, pois é artigo de grande aceitação, cujo consumo vai aumentando dia a dia.
Terapêutica - adstringente. Emprega-se a seiva, que é considerada um poderoso fortificante, nas doenças das vias respiratórias, principalmente no tratamento da tuberculose.
Fonte: “Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, de Gilberto Luiz da Cruz
Encontrei esta bananeira – uma musácea, por isso a chamo de musa – perto de casa, na Rua Madalena – Vila Madalena. É um pé de banana nanica.
Hoje em dia os cachos de banana têm sido usados também para decoração de festas ou ambientes.
A bananeira é uma planta do gênero das Monocotiledôneas, da família das musáceas.
Ela é planta herbácea e vivaz. O caule é formado pelas próprias folhas, que se enrolam umas nas outras, folhas essas que têm de 2 a 3 metros de comprimento e são atravessadas de ponta a ponta por uma nervura de largura mediana, havendo também nervuras transversais bastante finas. Flores grandes e frutos carnosos e deliciosos, formando um comprido cacho que se inclina para o chão.
Este vegetal é próprio das regiões tropicais, preferindo os lugares onde predominam sombras e umidade. A bananeira é originária da Ásia ou da África. Entretanto, há quem afirme ser ela também oriunda da América, opinião que se baseia no fato de que já medravam em nosso continente, antes de Colombo e Cabral pisarem terras americanas. É conhecida e saboreada desde tempos imemoriais e há milênios já se fazia a sua cultura na Índia.
Há várias espécies de bananeiras, das quais apresentamos, a seguir, algumas das de maior importância: brava; maça; do paraíso ou figueira de adão; dos sábios; caturra, anã ou nanica; prata; da terra; pacova; são tomé; ouro; etc.
A Banana nanica é uma planta indígena do Brasil, de pouco crescimento, mas de grande produção, pois dá cachos muito grandes com cerca de 150 bananas cada um. Esta espécie é bastante rendosa do ponto de vista comercial, em virtude da grande quantidade de frutos que produz, e sua exportação se faz em larga escala.
A Bananeira é uma planta preciosa e de grande utilidade. É alimento do homem e dos animais e serve para cobertura de casas. Produz fibras têxteis utilizadas na fabricação de papel; uma seiva adstringente muito aproveitada pela medicina; vinagre, aguardente, açúcar, álcool, vinho, etc.
Outro produto de valor da Bananeira é a conhecida farinha de banana, que constitui um alimento de primeira ordem, em virtude de suas propriedades medicinais e de alto poder nutritivo. É incontestável sua importância econômica, pois é artigo de grande aceitação, cujo consumo vai aumentando dia a dia.
Terapêutica - adstringente. Emprega-se a seiva, que é considerada um poderoso fortificante, nas doenças das vias respiratórias, principalmente no tratamento da tuberculose.
Fonte: “Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, de Gilberto Luiz da Cruz
quinta-feira, 11 de março de 2010
Graffiti Fine Arts
No dia em que fui ao MUBE, buscando fotografar a cow Solamente, dramática como só ela, fazia um sol e um calor dignos da região do Equador (linha) no alto verão. Buscando a melhor proteção possível acabei chegando na área de exposições do museu, onde encontrei três exposições muito interessantes e diversas entre si.
Hoje, trago o que pude registrar da Graffiti Fine Art – Estilos, uma dentre as três exposições.
Ela aconteceu entre meados de dezembro de 2009 e fora prorrogada até o dia 21 de fevereiro de 2010, dia em que a visitei.
A arte urbana da exposição “Graffiti Fine Ar - Estilos” mostrou ao público, os traços dos artistas Gueto, Finok, BTS, Nem, Funto, Tikka, Markone, Shock, Boleta, Ciro e Ronah. A curadoria foi do também grafiteiro Binho Ribeiro.
Eles realizaram seus trabalhos em telas, formando painéis de 1,5m x 3 metros. Foram exibidos diferentes estilos do graffitti, como o figurativo (artistas Funto,Tikka, Markone, Shock), o abstrato (Boleta, Ciro) e a caligrafia (Gueto, Finok, BTS, Nem).
A mostra trouxe-me uma dúvida conceitual. Se a arte grafite acontece a céu aberto, o que é que eu vi? Pode-se chamar de arte grafite a técnica do grafite levada à tela e exposta num salão de exposições?
Bem, após o banho de arte através das três exposições vistas nas salas do MUBE, fui encontrar a Solamente, em busca do meu objetivo primeiro, que, digamos assim, justificava a minha presença naquele local e naquele dia.
http://www.mube.art.br
Hoje, trago o que pude registrar da Graffiti Fine Art – Estilos, uma dentre as três exposições.
Ela aconteceu entre meados de dezembro de 2009 e fora prorrogada até o dia 21 de fevereiro de 2010, dia em que a visitei.
A arte urbana da exposição “Graffiti Fine Ar - Estilos” mostrou ao público, os traços dos artistas Gueto, Finok, BTS, Nem, Funto, Tikka, Markone, Shock, Boleta, Ciro e Ronah. A curadoria foi do também grafiteiro Binho Ribeiro.
Eles realizaram seus trabalhos em telas, formando painéis de 1,5m x 3 metros. Foram exibidos diferentes estilos do graffitti, como o figurativo (artistas Funto,Tikka, Markone, Shock), o abstrato (Boleta, Ciro) e a caligrafia (Gueto, Finok, BTS, Nem).
A mostra trouxe-me uma dúvida conceitual. Se a arte grafite acontece a céu aberto, o que é que eu vi? Pode-se chamar de arte grafite a técnica do grafite levada à tela e exposta num salão de exposições?
Bem, após o banho de arte através das três exposições vistas nas salas do MUBE, fui encontrar a Solamente, em busca do meu objetivo primeiro, que, digamos assim, justificava a minha presença naquele local e naquele dia.
http://www.mube.art.br
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