segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sobre Ernesto Nazareth

Ernesto de Júlio Nazareth era carioca. Nasceu no dia 20 de março de 1863, no Morro do Nhéco, atualmente conhecido como Morro do Pinto. Seu pai, Vasco Lourenço da silva Nazareth era despachante aduaneiro e foi de sua mãe, Carolina da Cunha Nazareth, que herdou o gosto pela música, pois ela tocava piano.

Este compositor ocupa lugar de destaque na história da música brasileira, sendo considerado, pelo estilo, o clássico da nossa música popular.
Casou-se com Theodora Amália Meirelles de Nazareth e dessa união nasceram Eulina (1887-1929); Diniz (1888-1983); Maria de Lourdes (1892-1817) e “Ernestinho” (1896-1962).

Faleceu em 5 de fevereiro de 1934.

Encontrei no livro “O enigma do homem célebre” de Cacá Machado, em sua contracapa, um texto de José Miguel Wisnik, que em seus dois primeiros parágrafos consegue expressar parte da importância de Ernesto Nazareth na música brasileira. Faço minhas as suas palavras:

Ernesto Nazareth é figura-chave para se entender a complexidade da música popular urbana no Brasil, no momento em que ela se configurou. Sua música, toda escrita para piano, é extraordinariamente imaginosa, pessoal e tão fluente quanto cativante para ouvintes de todos os níveis. Na sua leveza e transparência, requintadamente geniais, ela traz em si a polca em seu processo de amaxixamento, a música de salão em contato com o repertório erudito e a fixação dos novos gêneros dançantes. Tudo isso num estilo absolutamente singular. Encontram-se nela, assim, mesmo que disfarçados e sublimados pelo seu poder de encantamento, alguns nós problemáticos cruciais: a envolvente mistura nem sempre assumida da polca com elementos africanos, em contexto escravista; o cruzamento dos gêneros da emergente música de massas com dispositivos da música de concerto; um tratamento contrapontístico, textural e único das formas fixas imediatamente reconhecíveis como gênero.

Esses traços fizeram do autor de Brejeiro, Odeon e Apanhei-te cavaquinho um clássico da música popular brasileira, cujas peças podem integrar tanto a memória coletiva quanto o repertório dos pianistas de concerto. Mário de Andrade assinalou a intrigante excepcionalidade do seu caso, em que uma música de “uma boniteza” e “uma dinâmica fora do comum” pode se desenvolver “no momento oportuno” sem ter “nada de oportunista”, e torná-lo “popularmente célebre” sendo “a menos tendenciosamente popular” e populista.

2 comentários:

  1. Por favor sou de Guaratiba e estamos a procura de uma imagem da Florípes Angladas Lucas. Amiga da Eulina de Nazareth. caso tenha por favor ente em contato: 21 982132779 e ou operariopantaleo@yahoo.com.br

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  2. Por favor sou de Guaratiba e estamos a procura de uma imagem da Florípes Angladas Lucas. Amiga da Eulina de Nazareth. caso tenha por favor ente em contato: 21 982132779 e ou operariopantaleo@yahoo.com.br

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