Este blog, criado em 12 de agosto de 2009, tem sua existência relacionada a um grupo de amigos que adotou o nome de Turmitinhas. As pessoas do grupo, em algum momento de suas vidas, frequentaram o curso de Desenho do Dalton e esse fato trouxe uma luz extra para nossas vidas. Aqui, quero compartilhar alguns de meus prazeres de vida, mas não todos, claro!
domingo, 27 de dezembro de 2009
O Porquê de Flora Urbana
A idéia surgiu a partir da “couve manteiga na sarjeta” (matéria do dia 29 nov 2009).
Acredito que a relação com o “verde” foi herdada tanto da família, como da cultura japonesa, sempre muito relacionadas à Natureza.
Minha avó materna cultivava suas plantinhas em infinitas latinhas, no nosso quintal, quando eu era criança e morávamos num bairro suburbano de São Paulo.
A herança rural veio de avós e pais que um dia trabalharam na “roça”. Vieram como imigrantes e sua subsistência dependia do trabalho braçal nas lavouras de algodão ou café, nas fazendas do interior paulista, no caso das famílias de meus pais.
Ao se mudarem para a cidade, trouxeram costumes rurais que foram adaptados à vida urbana, criando pequenas hortas nos quintais das casas e, quando possível, acrescentavam um pequeno galinheiro e algumas árvores frutíferas. Isso tudo existiu na casa onde morei quando criança. Com certeza, essas condições me levaram a ter certo conhecimento sobre vegetais, que muita gente “da cidade” não tem.
Sei que tudo isso fez parte do cenário quando me deparei com aquele pequeno pé de couve manteiga nascendo em condição tão inusitada. Assim, passei a acompanhar e registrar seu desenvolvimento, decidindo, por fim, transformá-lo em assunto do blog, foi quando meu olhar para o “verde” na cidade mudou.
Antes, era comum meu olhar voltar-se para o “cenário”. Sempre gostei de passar por caminhos arborizados e floridos, mas não me detinha aos detalhes de qual vegetação me cercava. A partir da couve, comecei a olhar as espécies que encontrava em meu caminho. E a surpresa foi grande.
A couve que nasceu na sarjeta aguçou meu olhar em direção às plantas inusitadas que nascem nos lugares também inusitados, como um pé de café num canteiro de calçada ou uma bananeira num jardim. Isso aconteceu num primeiro momento, posteriormente, comecei a ver a beleza que nos cerca e que nos passa muitas vezes despercebida. Isso tudo considerando nosso habitat – a metrópole de Sampa.
Daí, comecei a enxergar tanta coisa interessante nos meus caminhos habituais, que os redescobri, quase como se nunca os tivesse visto.
Foi assim que surgiu a idéia da série que chamei Flora Urbana.
Acredito que a relação com o “verde” foi herdada tanto da família, como da cultura japonesa, sempre muito relacionadas à Natureza.
Minha avó materna cultivava suas plantinhas em infinitas latinhas, no nosso quintal, quando eu era criança e morávamos num bairro suburbano de São Paulo.
A herança rural veio de avós e pais que um dia trabalharam na “roça”. Vieram como imigrantes e sua subsistência dependia do trabalho braçal nas lavouras de algodão ou café, nas fazendas do interior paulista, no caso das famílias de meus pais.
Ao se mudarem para a cidade, trouxeram costumes rurais que foram adaptados à vida urbana, criando pequenas hortas nos quintais das casas e, quando possível, acrescentavam um pequeno galinheiro e algumas árvores frutíferas. Isso tudo existiu na casa onde morei quando criança. Com certeza, essas condições me levaram a ter certo conhecimento sobre vegetais, que muita gente “da cidade” não tem.
Sei que tudo isso fez parte do cenário quando me deparei com aquele pequeno pé de couve manteiga nascendo em condição tão inusitada. Assim, passei a acompanhar e registrar seu desenvolvimento, decidindo, por fim, transformá-lo em assunto do blog, foi quando meu olhar para o “verde” na cidade mudou.
Antes, era comum meu olhar voltar-se para o “cenário”. Sempre gostei de passar por caminhos arborizados e floridos, mas não me detinha aos detalhes de qual vegetação me cercava. A partir da couve, comecei a olhar as espécies que encontrava em meu caminho. E a surpresa foi grande.
A couve que nasceu na sarjeta aguçou meu olhar em direção às plantas inusitadas que nascem nos lugares também inusitados, como um pé de café num canteiro de calçada ou uma bananeira num jardim. Isso aconteceu num primeiro momento, posteriormente, comecei a ver a beleza que nos cerca e que nos passa muitas vezes despercebida. Isso tudo considerando nosso habitat – a metrópole de Sampa.
Daí, comecei a enxergar tanta coisa interessante nos meus caminhos habituais, que os redescobri, quase como se nunca os tivesse visto.
Foi assim que surgiu a idéia da série que chamei Flora Urbana.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Mais uma crônica de Natal
Nascer é acordar a cada dia, sabendo que aqui está o milagre. Nascer é perceber a vida sempre de modo diferente. Nascer é puro "re": renovar, reviver, restituir, refazer, recompor, realizar, reanimar, reassumir, rebrilhar, recobrar, recompensar, reconhecer, reconquista, recordar, retificar, recuperar, refletir, reformar, regalar, regozijar, reaver, rever, relevar, reluzir, rememorar, remodelar, reencontrar, remir, renunciar, reparar, repor, ressarcir, resignar, resolver, respeitar, resplender, resumir, retomar, retornar, REVELAR. Nascer é Revelar. Revelar é Reviver.
Mas há muito "re" contrário a nascer: reprovar, rebater, rebaixar, rebotar, recear, receber, ressentir, receptar, reclamar, recriminar, recuar, reduzir, refrear, regressar, rejeitar, remanchar, remorder, render, repelir, reprochar, reptar, repudiar, requisitar, reservar, restringir, retaliar, retardar, reter, retirar, retroceder, revidar, reprimir. Contrários ao nascer, fazem parte da vida em seu eterno misturar, conflitar, dividir, para adiante unir, depurando.
Nascer é saber esperar sem ódio. É entender de rega, poda, criança e passarinho. Nascer é ter os olhos bem abertos e, mesmo assim, prosseguir. É saber a hora do afago e da reprimenda. É descobrir primeiro em si e só depois nos outros.
Nascer é abrir o coração e a inteligência para receber o que foi de humana tessitura feito: no escárnio ou aplauso; na cara virada ou no sorriso natural; no ódio ou no amor.
Nascer é meditar. Ir fundo às regiões do próprio silêncio e sombra, sem medo. É saber-se menor, reduzido, torpe, invejoso, cabotino. Mas é canalizar o impulso negativo para a criação e a colheita. É ser capaz de amar-se exatamente a partir do próprio conflito. Nascer é não ter idade para a revelação. É dizer erro, faço , topo, minto, busco, posso, vou, quero, hei. Para um dia, entre suspiro de alívio e redenção, dizer SOU, CREIO.
Nascer é continuar.
Cada vez que a justiça se faz, algo nasceu.
Nascer é nascer, ora, e aqui estou na busca (busco) de frases e palavras sobre o nascer que é o Natal, símbolo de um Espírito que veio para salvar na forma de Homem.
Comunicar é entrar em comunhão. Entrar em comunhão é fazer de um o que é do outro. Evangelho quer dizer Boa Nova. O comunicador moderno é o portador da Boa Nova, o Evangelizador da era eletrônica.
Pois mesmo este, que se espreme na véspera de Natal para tentar sem conseguir dizer algo diferente, original e seu, não tem palavras nem originalidade para expressar o simples. O Eterno não é verbal.
O cronista não sabe se fala do Natal injusto ou do Natal fraterno. Não sabe se cai no mundo e fala das calçadas cheias de gente e automóveis, ou de transcendências. Não sabe onde está a Boa Nova no volume de complexidades, negadoras e afirmadoras da vida no mundo moderno.
Acentuando o que o faz perplexo, está afirmando a dimensão maior, a totalidade, a unidade. O eterno, cuja busca faz nascer, eis o Natal. Eis o Cristo. Sempre novo porque permanece.
(Mais uma crônica de Natal, de Artur da Távola)
Mas há muito "re" contrário a nascer: reprovar, rebater, rebaixar, rebotar, recear, receber, ressentir, receptar, reclamar, recriminar, recuar, reduzir, refrear, regressar, rejeitar, remanchar, remorder, render, repelir, reprochar, reptar, repudiar, requisitar, reservar, restringir, retaliar, retardar, reter, retirar, retroceder, revidar, reprimir. Contrários ao nascer, fazem parte da vida em seu eterno misturar, conflitar, dividir, para adiante unir, depurando.
Nascer é saber esperar sem ódio. É entender de rega, poda, criança e passarinho. Nascer é ter os olhos bem abertos e, mesmo assim, prosseguir. É saber a hora do afago e da reprimenda. É descobrir primeiro em si e só depois nos outros.
Nascer é abrir o coração e a inteligência para receber o que foi de humana tessitura feito: no escárnio ou aplauso; na cara virada ou no sorriso natural; no ódio ou no amor.
Nascer é meditar. Ir fundo às regiões do próprio silêncio e sombra, sem medo. É saber-se menor, reduzido, torpe, invejoso, cabotino. Mas é canalizar o impulso negativo para a criação e a colheita. É ser capaz de amar-se exatamente a partir do próprio conflito. Nascer é não ter idade para a revelação. É dizer erro, faço , topo, minto, busco, posso, vou, quero, hei. Para um dia, entre suspiro de alívio e redenção, dizer SOU, CREIO.
Nascer é continuar.
Cada vez que a justiça se faz, algo nasceu.
Nascer é nascer, ora, e aqui estou na busca (busco) de frases e palavras sobre o nascer que é o Natal, símbolo de um Espírito que veio para salvar na forma de Homem.
Comunicar é entrar em comunhão. Entrar em comunhão é fazer de um o que é do outro. Evangelho quer dizer Boa Nova. O comunicador moderno é o portador da Boa Nova, o Evangelizador da era eletrônica.
Pois mesmo este, que se espreme na véspera de Natal para tentar sem conseguir dizer algo diferente, original e seu, não tem palavras nem originalidade para expressar o simples. O Eterno não é verbal.
O cronista não sabe se fala do Natal injusto ou do Natal fraterno. Não sabe se cai no mundo e fala das calçadas cheias de gente e automóveis, ou de transcendências. Não sabe onde está a Boa Nova no volume de complexidades, negadoras e afirmadoras da vida no mundo moderno.
Acentuando o que o faz perplexo, está afirmando a dimensão maior, a totalidade, a unidade. O eterno, cuja busca faz nascer, eis o Natal. Eis o Cristo. Sempre novo porque permanece.
sábado, 19 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Natal Existencial
Que o seu Natal seja a certeza de que a vida é apenas descoberta, aventura, invenção e mistério.
Que seja Natal em você ainda quando lá fora imperem o escárnio e a injustiça. Nascendo natais em você, melhor enfrentará a luta por construir o mundo com justiça e amplidão.
Será Natal o que for afetivo, caloroso, verdadeiro e sem disfarces, mesmo o de Papai Noel. Será Natal sempre que o pedido de perdão seja feito e no coração se abrigue o mesmo sentimento de perdão, que cada um aprenderá a dar e pedir. Será Natal o que se fizer sincero e grato. Será Natal onde o sorriso agradeça, peça, revele ou insinue e jamais disfarce, distraia ou seduza.
Há de ser Natal quando todos festejemos por igual e saibamos avaliar perdas, dores, erros e ofensas e comungar qualidades, feitos, capacidade de prosseguir na luta constante por ver, sentir, saber e enfrentar. Há de ser Natal sempre que se comece e a força nasça e renasça, proclamando emocionada, a descoberta do si mesmo e dos tesouros no imo escondidos.
Sendo Natal você pode se comover, dar a mão, chorar à toa, beijar os filhos, pedir a bênção ao pai, brincar de bola de gude, boneca ou soldadinho de chumbo. Sendo Natal, você deve se fazer mais simples, chorão ou ciumento, sentar no colo até de estátua, sem temer pedir afago, agasalho, cafuné, abraço de filho, doce de leite ou trégua.
Natal seja, onde houver consciência de tudo o que oprime, principalmente quando vem disfarçado em lucro, progresso, ciência, aparência, fruição, rispidez, sentimento de superioridade, pretensão ou esbanjamento. Natal seja, onde o supérfluo não seja! Natal seja sempre que a arrogância ceda! Natal seja onde re/exista um gesto sincero de compreensão e coragem de não fazer o que oprime ou capitular ante a opressão sofrida.
Serás Natal se fores tu. Serás o Natal se fizeres um congresso interior dando a palavra a cada bancada interna. Serás o Natal se te identificares com o melhor e o pior de ti, crucificando-te em sacrifício para elevar-te à altura do melhor de ti e do Pai que elejas como padrão. Serás o natal se fores presente, embrulho, dádiva oferta, surpresa, entrega ou adivinhação.
Se, em vez de tu, preferires ser você, então que seja Natal em você quando se estabeleça a capacidade de compreender quem o ofende sem ofender quem o compreende; que seja Natal em você sempre que se descobrir também menor, mesquinho ou pequeno e fizer o esforço de halterofilista da própria moral. Que seja Natal em você sempre que se sinta invisivelmente emocionado ou emocionalmente visível, tocável, perceptível em sua melhor dimensão do sentir. Que seja Natal em você a cada recordação e reconhecimento de quem, algo lhe trouxe, mesmo encapado em dor ou perda, espanto, amor ou desilusão.
Ser Natal é olhar o céu para obter silêncio. É saber olhar, pacificar, gesticular a esperança e votar na verdade.
Ser Natal é acender as próprias luzes sem brilho e ouvir, no silêncio, a voz do mistério a proclamar a verdade numa linguagem oculta com a qual se consiga alcançar sem saber e perceber sem conhecer.
Ser Natal é pular o muro ou entrar pela chaminé para dentro de si e lá encontrar a mesma criança com as enormes barbas brancas da sabedoria milenar da espécie.
Ser Natal é descobrir que Natal é Ser.
Que seja Natal em você ainda quando lá fora imperem o escárnio e a injustiça. Nascendo natais em você, melhor enfrentará a luta por construir o mundo com justiça e amplidão.
Será Natal o que for afetivo, caloroso, verdadeiro e sem disfarces, mesmo o de Papai Noel. Será Natal sempre que o pedido de perdão seja feito e no coração se abrigue o mesmo sentimento de perdão, que cada um aprenderá a dar e pedir. Será Natal o que se fizer sincero e grato. Será Natal onde o sorriso agradeça, peça, revele ou insinue e jamais disfarce, distraia ou seduza.
Há de ser Natal quando todos festejemos por igual e saibamos avaliar perdas, dores, erros e ofensas e comungar qualidades, feitos, capacidade de prosseguir na luta constante por ver, sentir, saber e enfrentar. Há de ser Natal sempre que se comece e a força nasça e renasça, proclamando emocionada, a descoberta do si mesmo e dos tesouros no imo escondidos.
Sendo Natal você pode se comover, dar a mão, chorar à toa, beijar os filhos, pedir a bênção ao pai, brincar de bola de gude, boneca ou soldadinho de chumbo. Sendo Natal, você deve se fazer mais simples, chorão ou ciumento, sentar no colo até de estátua, sem temer pedir afago, agasalho, cafuné, abraço de filho, doce de leite ou trégua.
Natal seja, onde houver consciência de tudo o que oprime, principalmente quando vem disfarçado em lucro, progresso, ciência, aparência, fruição, rispidez, sentimento de superioridade, pretensão ou esbanjamento. Natal seja, onde o supérfluo não seja! Natal seja sempre que a arrogância ceda! Natal seja onde re/exista um gesto sincero de compreensão e coragem de não fazer o que oprime ou capitular ante a opressão sofrida.
Serás Natal se fores tu. Serás o Natal se fizeres um congresso interior dando a palavra a cada bancada interna. Serás o Natal se te identificares com o melhor e o pior de ti, crucificando-te em sacrifício para elevar-te à altura do melhor de ti e do Pai que elejas como padrão. Serás o natal se fores presente, embrulho, dádiva oferta, surpresa, entrega ou adivinhação.
Se, em vez de tu, preferires ser você, então que seja Natal em você quando se estabeleça a capacidade de compreender quem o ofende sem ofender quem o compreende; que seja Natal em você sempre que se descobrir também menor, mesquinho ou pequeno e fizer o esforço de halterofilista da própria moral. Que seja Natal em você sempre que se sinta invisivelmente emocionado ou emocionalmente visível, tocável, perceptível em sua melhor dimensão do sentir. Que seja Natal em você a cada recordação e reconhecimento de quem, algo lhe trouxe, mesmo encapado em dor ou perda, espanto, amor ou desilusão.
Ser Natal é olhar o céu para obter silêncio. É saber olhar, pacificar, gesticular a esperança e votar na verdade.
Ser Natal é acender as próprias luzes sem brilho e ouvir, no silêncio, a voz do mistério a proclamar a verdade numa linguagem oculta com a qual se consiga alcançar sem saber e perceber sem conhecer.
Ser Natal é pular o muro ou entrar pela chaminé para dentro de si e lá encontrar a mesma criança com as enormes barbas brancas da sabedoria milenar da espécie.
Ser Natal é descobrir que Natal é Ser.
(Natal Existencial, de Artur da Távola)
domingo, 29 de novembro de 2009
Couve Manteiga na Sarjeta
Conhecem a couve manteiga? Aquela mesma que costuma ser servida refogada, cortada bem fininha, junto com a feijoada? Que a gente compra na feira, na quitanda, no supermercado – hoje podemos comprar maços de folhas ou já picadinha, prontinha pro uso.
Pois quem conhece sabe que é muito difícil encontrar um pé de couve na cidade grande, mais ainda numa cidade grandona como São Paulo!
Então hão de entender minha surpresa quando um dia, a caminho do trabalho, encontrei pertinho de casa um pé de couve pequinininho, nascendo na sarjeta.
É isso mesmo... na sarjeta.
Naquele dia passei, olhei e continuei meu caminho. Fui pro trabalho. No dia seguinte, lá estava ela e eu continuava admirada por encontrá-la.
No terceiro dia, não agüentei. Levei minha máquina e registrei. Ainda bem.Aquela couve só pode ter nascido de sementinha. Fiquei a pensar, como será que uma sementinha de couve chegou ali e se instalou em lugar tão inesperado? Acompanhei por mais alguns dias e esperava que os botões de flores se abrissem para fotografar mais uma vez. Mas, não foi assim que quis o destino. Na segunda-feira seguinte, quando estava preparadíssima pra registrar a flor da couve manteiga que nasceu na sarjeta, qual não foi a minha surpreendente decepção quando vi que os donos da casa haviam contratado um jardineiro no final de semana e a couve havia sido carpida. Só mesmo chamando pelas carpideiras!
O jardim e a calçada daquela casa estavam impecáveis... e sem o pé de couve. E eu fiquei sem ver e fotografar as flores e ninguém pode apreciar as suas folhas. De qualquer maneira, poucas seriam as chances daquele pé de couve sobreviver naquelas condições. Que pena!
Pois quem conhece sabe que é muito difícil encontrar um pé de couve na cidade grande, mais ainda numa cidade grandona como São Paulo!
Então hão de entender minha surpresa quando um dia, a caminho do trabalho, encontrei pertinho de casa um pé de couve pequinininho, nascendo na sarjeta.
É isso mesmo... na sarjeta.
Naquele dia passei, olhei e continuei meu caminho. Fui pro trabalho. No dia seguinte, lá estava ela e eu continuava admirada por encontrá-la.
No terceiro dia, não agüentei. Levei minha máquina e registrei. Ainda bem.Aquela couve só pode ter nascido de sementinha. Fiquei a pensar, como será que uma sementinha de couve chegou ali e se instalou em lugar tão inesperado? Acompanhei por mais alguns dias e esperava que os botões de flores se abrissem para fotografar mais uma vez. Mas, não foi assim que quis o destino. Na segunda-feira seguinte, quando estava preparadíssima pra registrar a flor da couve manteiga que nasceu na sarjeta, qual não foi a minha surpreendente decepção quando vi que os donos da casa haviam contratado um jardineiro no final de semana e a couve havia sido carpida. Só mesmo chamando pelas carpideiras!
O jardim e a calçada daquela casa estavam impecáveis... e sem o pé de couve. E eu fiquei sem ver e fotografar as flores e ninguém pode apreciar as suas folhas. De qualquer maneira, poucas seriam as chances daquele pé de couve sobreviver naquelas condições. Que pena!
A couve é tão importante! Couve manteiga ou couve de folhas é originária da Europa. Ela é um ótimo alimento, rico em diversas vitaminas A, B1, B2, B5, C, D, E, K; ferro, enxofre, potássio, sódio, cloro, magnésio, cálcio e pouco fósforo. Ela contém mais vitamina C do que as frutas cítricas, sabiam?
Tem diversas propriedades medicinais. Ela é forte remineralizante, laxante, oxidante e boa para ajudar a combater asma e bronquite.
É boa para combater também as enfermidades do fígado (como a icterícia) e do estômago, os cálculos renais, biliários, as hemorróidas, a colite ulcerosa, as menstruações difíceis ou dolorosas. Dá excelentes resultados contra o bócio exoftálmico. Além disso tudo, seu suco é esplêndido vermífugo!
Vejam como é uma plantação de couves. Estas são couves rurais, tá?
Tem diversas propriedades medicinais. Ela é forte remineralizante, laxante, oxidante e boa para ajudar a combater asma e bronquite.
É boa para combater também as enfermidades do fígado (como a icterícia) e do estômago, os cálculos renais, biliários, as hemorróidas, a colite ulcerosa, as menstruações difíceis ou dolorosas. Dá excelentes resultados contra o bócio exoftálmico. Além disso tudo, seu suco é esplêndido vermífugo!
Vejam como é uma plantação de couves. Estas são couves rurais, tá?
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Kirigami... a descoberta
“Origamic Architecture”, também conhecido como Pop-up Architecture ou 3D Cards, foi o nome dado pelo criador à arte conhecida, aqui no Brasil, como Kirigami. Esta é uma arte ainda pouco conhecida aqui nesta nossa terra.
A palavra “kirigami” é formada, na língua japonesa, pelas palavras “kiri”, significando corte, e “kami” (“gami”- forma eufônica), significando papel.
O professor Massahiro Chatani, arquiteto formado pela Faculdade Industrial da Universidade de Tóquio e, atualmente, professor do Instituto de Tecnologia de Tóquio, associou diferentes técnicas para chegar ao resultado que procurava.
Conta-se que ele buscava uma forma diferente de cartão de felicitações para enviar aos amigos. Foi associando seus conhecimentos de arquitetura, origami e kiriê, que teve a idéia de criar cartões que resultasse numa forma tridimensional ao ser aberto, trazendo uma bela e agradável surpresa.
Isso ocorreu na década de 80, quando o professor Chatani já era uma personalidade muito respeitada no meio acadêmico. Seus cartões fizeram tamanho sucesso que acabou tomando a forma de um primeiro livro no ano de 1984.
Origami é a arte de dobrar papel, sendo uma das artes tradicionais japonesas. Esta é uma das mais conhecidas no mundo todo.
A palavra “kirigami” é formada, na língua japonesa, pelas palavras “kiri”, significando corte, e “kami” (“gami”- forma eufônica), significando papel.
O professor Massahiro Chatani, arquiteto formado pela Faculdade Industrial da Universidade de Tóquio e, atualmente, professor do Instituto de Tecnologia de Tóquio, associou diferentes técnicas para chegar ao resultado que procurava.
Conta-se que ele buscava uma forma diferente de cartão de felicitações para enviar aos amigos. Foi associando seus conhecimentos de arquitetura, origami e kiriê, que teve a idéia de criar cartões que resultasse numa forma tridimensional ao ser aberto, trazendo uma bela e agradável surpresa.
Isso ocorreu na década de 80, quando o professor Chatani já era uma personalidade muito respeitada no meio acadêmico. Seus cartões fizeram tamanho sucesso que acabou tomando a forma de um primeiro livro no ano de 1984.
Origami é a arte de dobrar papel, sendo uma das artes tradicionais japonesas. Esta é uma das mais conhecidas no mundo todo.
A palavra “origami” é composta pelas palavras “ori”, significando dobra, e “kami” (“gami” – forma eufônica), significando papel.
Originalmente, o origami estava ligado às comemorações religiosas, na Antiguidade, e eram feitos com papéis manufaturados especialmente para uso dos sacerdotes xintoístas. Os papéis eram dobrados em forma de raio e colocados em objetos utilizados durante os festivais como o Tanabata – Festival das Estrelas, o Itsukinomiya – Festival da Boa Colheita e tantos outros. Eram também usados nos rituais de benzimento, na confecção dos bonecos do Hinamatsuri – Festival das Meninas, entre outros.
Essas dobraduras também estavam presentes em eventos como coroação, casamento, enterro, festivais, datas comemorativas, cerimônias oficiais e papéis para presentes. Utilizava-se também a dobradura de papel como certificado de autenticidade que acompanhava os objetos de valor, como espadas, espadim, e outros.
Kiriê faz parte de uma das maravilhas da arte tradicional chinesa. Consiste em formar figuras através de cortes feitos no papel, utilizando-se um estilete.
Literalmente, a palavra significa cortar – “kiri” e formar imagem – “ê”.
No Japão, o kiriê é bastante antigo. Nos escritos da poesia Manyoushu, 759 D.C., já havia ilustrações utilizando-se desta técnica. Em Quioto foi muito usado na fabricação de moldes para pintar tecidos para kimono.
Assim como o origami, o kiriê também estava ligado às comemorações religiosas. Até hoje são utilizados nos festivais e templos xintoístas.
Hoje em dia, diversos artistas têm associado técnicas de kiriê a diversas outras, trazendo um toque oriental em suas produções.
Naomi Uezu é quem se dedica à divulgação e ensinamento da arte do kirigami aqui no Brasil. Em 1993, ela que já dominava a técnica dos cartões tridimensionais e que iniciou oficialmente, através de entidade representativa de divulgação da cultura japonesa, o ensinamento do kirigami.
Foi com ela que aprendi um pouco desta arte, que me surpreendeu e me encantou. Foi nos idos de 2005, a convite de uma amiga, Luzia, que formou um pequeno grupo de pessoas para aprender o kirigami. As imagens dos cartões que produzimos nesse curso estão nestes endereços:
Kirigami – Módulo I: http://gmorita.multiply.com/photos/album/10/10
Kirigami – Módulo II: http://gmorita.multiply.com/photos/album/11/11
Kirigami – Módulo III: http://gmorita.multiply.com/photos/album/12/12
fontes:http://www.kirigami.com.br/
http://www.kamiarte.com.br/
http://www.kobe-photo.com/htm/tanabata.html
http://www.culturajaponesa.com.br
Guia da Cultura Japonesa – Editora JBC Japan Brazil Communication, 2004
Kirigami – Módulo I: http://gmorita.multiply.com/photos/album/10/10
Kirigami – Módulo II: http://gmorita.multiply.com/photos/album/11/11
Kirigami – Módulo III: http://gmorita.multiply.com/photos/album/12/12
fontes:http://www.kirigami.com.br/
http://www.kamiarte.com.br/
http://www.kobe-photo.com/htm/tanabata.html
http://www.culturajaponesa.com.br
Guia da Cultura Japonesa – Editora JBC Japan Brazil Communication, 2004
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Bazar Buzz
Durante as andanças de minhas férias, em agosto, aqui mesmo pela cidade de São Paulo, encontrei um bazar sobre rodas, que só mesmo a criatividade brasileira para transformar um micro ônibus em bazar!
Encontrei-o num sábado, na Rua Lisboa próximo à Rua Teodoro Sampaio. Ali perto, aos sábados, acontece a já conhecida feira de antiguidades, artes e artesanato na Praça Benedito Calixto.
Estava eu caminhando pela Lisboa, quando um veículo muito colorido chamou minha atenção. Num primeiro momento, imaginei ser de alguma banda de rock, ou alguém que fez de um micro ônibus sua moradia.
Quase passei direto, mas as cores do veículo foram de tal chamamento, que não consegui resistir. Atravessei a rua e, conforme fui me aproximando, tive uma grande surpresa, pois percebi que era na realidade uma loja sobre pneus! É uma pena que a loja estivesse fechada naquele momento. Imagino que seu proprietário estivesse dando uma voltinha na Pça Benedito Calixto ou tivesse tirado uma folguinha para um café!
Fantástico!
Ontem, andando pela Vila Madalena, voltei a vê-lo estacionado numa das ruas de maior movimento desse bairro. Ele é muito alegre e para mim traz ares renovados de uma infância feliz.
Atravessei a rua novamente para começar a fotografar a partir da primeira imagem, aquela que me chamou tanto a atenção.
Encontrei-o num sábado, na Rua Lisboa próximo à Rua Teodoro Sampaio. Ali perto, aos sábados, acontece a já conhecida feira de antiguidades, artes e artesanato na Praça Benedito Calixto.
Estava eu caminhando pela Lisboa, quando um veículo muito colorido chamou minha atenção. Num primeiro momento, imaginei ser de alguma banda de rock, ou alguém que fez de um micro ônibus sua moradia.
Quase passei direto, mas as cores do veículo foram de tal chamamento, que não consegui resistir. Atravessei a rua e, conforme fui me aproximando, tive uma grande surpresa, pois percebi que era na realidade uma loja sobre pneus! É uma pena que a loja estivesse fechada naquele momento. Imagino que seu proprietário estivesse dando uma voltinha na Pça Benedito Calixto ou tivesse tirado uma folguinha para um café!
Fantástico!
Ontem, andando pela Vila Madalena, voltei a vê-lo estacionado numa das ruas de maior movimento desse bairro. Ele é muito alegre e para mim traz ares renovados de uma infância feliz.
Atravessei a rua novamente para começar a fotografar a partir da primeira imagem, aquela que me chamou tanto a atenção.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Xícaras de café
Xícaras de café são objetos absolutamente comuns nas casas brasileiras. Sejam elas pobres, ricas ou remediadas. Afinal o cafezinho é um hábito milenar, por nós herdado dos europeus e profundamente arraigado no nosso jeito brasileiro.
Sobre o café propriamente dito e sua história encontra-se muito material: livros, revistas, artigos, clubes de degustação, etc., mas e sobre as xícaras de café? Procurei e nada encontrei. Se existe, não sei!
Então, vou contar a história das minhas xícaras de café!
Assim como a maior parte das mulheres brasileiras, herdei o hábito de imaginar as xícaras de café de casa como um conjunto de meia dúzia, uma dúzia, enfim de uma quantidade conveniente aos costumes sociais da casa, sendo esse conjunto de xícaras iguais, assim como outros conjuntos de objetos domésticos.
Desde criança testemunhei a tensão gerada pela perda de uma das peças de qualquer desses conjuntos, levando, muitas vezes, a dona da casa quase ao desespero por ter um conjunto incompleto, especialmente se ele é de origem rara ou preciosa. Então, quando me tornei dona da minha casa, optei por ter xícaras (e louças em geral) simples, deixando as mais preciosas para ocasiões especiais. Descobri então, que preciosa ou comum, a tensão gerada pela perda de uma peça era a mesma!
Lá pela década de 1980, mais ou menos, comecei a observar uma nova forma requintada de tratar a louçaria: restaurantes da moda começaram a servir seus pratos em uma espécie de coleção, ou seja, os pratos não eram iguais, mas eram escolhidos a dedo e todos, ou quase todos, diferentes, formando um conjunto heterogêneo, porém esteticamente cuidado.
Assim como a maior parte das mulheres brasileiras, herdei o hábito de imaginar as xícaras de café de casa como um conjunto de meia dúzia, uma dúzia, enfim de uma quantidade conveniente aos costumes sociais da casa, sendo esse conjunto de xícaras iguais, assim como outros conjuntos de objetos domésticos.
Desde criança testemunhei a tensão gerada pela perda de uma das peças de qualquer desses conjuntos, levando, muitas vezes, a dona da casa quase ao desespero por ter um conjunto incompleto, especialmente se ele é de origem rara ou preciosa. Então, quando me tornei dona da minha casa, optei por ter xícaras (e louças em geral) simples, deixando as mais preciosas para ocasiões especiais. Descobri então, que preciosa ou comum, a tensão gerada pela perda de uma peça era a mesma!
Lá pela década de 1980, mais ou menos, comecei a observar uma nova forma requintada de tratar a louçaria: restaurantes da moda começaram a servir seus pratos em uma espécie de coleção, ou seja, os pratos não eram iguais, mas eram escolhidos a dedo e todos, ou quase todos, diferentes, formando um conjunto heterogêneo, porém esteticamente cuidado.
Foi por essa ocasião que reparei que nos restaurantes japoneses, tudo já se passava dessa forma, e há muito tempo! Eu é que não havia botado reparo, talvez porque meu interesse maior fosse mesmo a comida propriamente dita.
Nesse período eu andava em crise com as xícaras de café. Meus conjuntos estavam falidos, perdidos... e eu não conseguia encontrar nada que me agradasse, ou se conseguia era a um custo que eu não podia sustentar. Por algum tempo adotei as canecas esmaltadas, simpáticas, simples, práticas e fáceis de adquirir e manter.
Nesse ínterim, minha madrinha Tereza apareceu lá em casa, trazendo um par de xícaras de café, de fabricação japonesa – as famosas “casca-de-ovo”, que eu havia lhe dado de presente quando criança. Disse-me que estava ficando idosa e que se um dia ela se fosse, mudada para uma outra dimensão, não tinha a menor idéia (ou tinha) de quem cuidaria ou não de seus pertences, então ela queria que aquelas preciosas xícaras ficassem comigo, pois assim teria a certeza de que estariam bem cuidadas. Fiquei, obviamente, emocionada e grata. Triste também, pois era uma espécie de prévia de despedida. Essas xícaras ficaram sobre o meu piano, como objetos de devoção e decoração por cerca de dois anos. E fez parte da decisão que, posteriormente, tomei sobre as xícaras de café da minha casa!
A gota d’água foi quando, ao visitar uma amiga da época da faculdade, descobri que ela fazia coleção de pares de taças de cristal para champanhe de uma determinada “estirpe” (não conheço nada sobre cristais nobres) e, em ocasiões especiais, usava a sua coleção para os brindes.
O conjunto desses fatos se organizou de tal forma na minha cabeça, que acabou consolidando na idéia de fazer uma coleção de xícaras de café, unindo o útil ao pragmático, ao agradável e ao sofisticado.
E mais, eu já possuía as primeiras peças. Exatamente aquelas que madrinha Tereza havia trazido para que eu cuidasse.
Minha coleção contém desde as famosas casca-de-ovo, que hoje não são mais fabricadas, até modernas xícaras populares fabricadas na China. Ela pode ser vista neste endereço:
Nesse período eu andava em crise com as xícaras de café. Meus conjuntos estavam falidos, perdidos... e eu não conseguia encontrar nada que me agradasse, ou se conseguia era a um custo que eu não podia sustentar. Por algum tempo adotei as canecas esmaltadas, simpáticas, simples, práticas e fáceis de adquirir e manter.
Nesse ínterim, minha madrinha Tereza apareceu lá em casa, trazendo um par de xícaras de café, de fabricação japonesa – as famosas “casca-de-ovo”, que eu havia lhe dado de presente quando criança. Disse-me que estava ficando idosa e que se um dia ela se fosse, mudada para uma outra dimensão, não tinha a menor idéia (ou tinha) de quem cuidaria ou não de seus pertences, então ela queria que aquelas preciosas xícaras ficassem comigo, pois assim teria a certeza de que estariam bem cuidadas. Fiquei, obviamente, emocionada e grata. Triste também, pois era uma espécie de prévia de despedida. Essas xícaras ficaram sobre o meu piano, como objetos de devoção e decoração por cerca de dois anos. E fez parte da decisão que, posteriormente, tomei sobre as xícaras de café da minha casa!
A gota d’água foi quando, ao visitar uma amiga da época da faculdade, descobri que ela fazia coleção de pares de taças de cristal para champanhe de uma determinada “estirpe” (não conheço nada sobre cristais nobres) e, em ocasiões especiais, usava a sua coleção para os brindes.
O conjunto desses fatos se organizou de tal forma na minha cabeça, que acabou consolidando na idéia de fazer uma coleção de xícaras de café, unindo o útil ao pragmático, ao agradável e ao sofisticado.
E mais, eu já possuía as primeiras peças. Exatamente aquelas que madrinha Tereza havia trazido para que eu cuidasse.
Minha coleção contém desde as famosas casca-de-ovo, que hoje não são mais fabricadas, até modernas xícaras populares fabricadas na China. Ela pode ser vista neste endereço:
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Dona Marlene
Hoje quero lhes apresentar Dona Marlene. Conheci esta senhora através de sua filha Adriana, que trabalha conosco no escritório e começou como aprendiz de escritório e hoje é uma mulher linda e maravilhosa.
Dona Marlene é uma brava e forte batalhadora, que veio de Recife, Pernambuco, para São Paulo e, através de sua arte de cozinha, criou seus filhos de forma impecável. Ainda hoje ela nos presenteia com suas iguarias. A foto mostra Dona Marlene numa ocasião em que participou de um evento culinário no Rio Grande do Sul e fez esta maravilha que ela exibe com justo orgulho.
Quando fiz a nossa reunião da Turmitinhas em casa, comemorando os aniversários de Mara e Ari e, ao mesmo tempo, o open-house de casa, foi ela que preparou as iguarias salgadas. Tortas indescritivelmente deliciosas: camarão, palmito e carne seca com abóbora. Lembram-se? Dêem uma espiada na foto abaixo.
Ela faz doces de lamber os beiços, salgados divinos, prepara jantares, congelados e tudo o que se possa imaginar de comida gostosa. É só entrar em contato com ela pelos números: 11-5821-1498 ou 11-7433-3936.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Pudim de Leite
Cozinhar é um dos meus prazeres. Considero este pudim um achado, pois ele é feito com leite (sem leite condensado), ovos e açúcar, basicamente. É bastante econômico e saudável. Como várias pessoas já me pediram a receita e também explicações mais detalhadas de seu preparo, decidi colocar nesta janela para o mundo.
Ingredientes: 1 litro de leite
8 ovos
1 copo de açúcar
essência de baunilha
Ferver o leite com o açúcar e deixar esfriar. (a quantidade de açúcar pode ser regulada a gosto do freguês).
Bater os ovos acrescidos de 1 colher de chá de essência de baunilha. (bater os ovos o suficiente para desmanchá-los, sem permitir que espumem; a essência de baunilha pode ser substituída por raspas de limão ou laranja ou qualquer outro aroma que se queira).
Misturar os ovos e o leite. Peneirar a mistura no mínimo três vezes, para "depurar" as películas das gemas e "desmanchar" bem as claras (se peneirar mais vezes, melhora a consistência da mistura).
Colocar em forma generosamente caramelada inclusive nas laterais, tampada, em banho-maria. Deixar ferver em fogo baixo por vinte minutos. (caso se queira pudim com furinhos, ferve-lo em fogo alto). A panela do banho-maria deve ser funda o suficiente para conter a forma do pudim, deve ter pouca água e estar tampada durante o cozimento.
Deixe o pudim esfriar e coloque na geladeira antes de desenformar.
Bom apetite!
Ingredientes: 1 litro de leite
8 ovos
1 copo de açúcar
essência de baunilha
Ferver o leite com o açúcar e deixar esfriar. (a quantidade de açúcar pode ser regulada a gosto do freguês).
Bater os ovos acrescidos de 1 colher de chá de essência de baunilha. (bater os ovos o suficiente para desmanchá-los, sem permitir que espumem; a essência de baunilha pode ser substituída por raspas de limão ou laranja ou qualquer outro aroma que se queira).
Misturar os ovos e o leite. Peneirar a mistura no mínimo três vezes, para "depurar" as películas das gemas e "desmanchar" bem as claras (se peneirar mais vezes, melhora a consistência da mistura).
Colocar em forma generosamente caramelada inclusive nas laterais, tampada, em banho-maria. Deixar ferver em fogo baixo por vinte minutos. (caso se queira pudim com furinhos, ferve-lo em fogo alto). A panela do banho-maria deve ser funda o suficiente para conter a forma do pudim, deve ter pouca água e estar tampada durante o cozimento.
Deixe o pudim esfriar e coloque na geladeira antes de desenformar.
Bom apetite!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Tudo começou assim...
Sabem como decidi fazer o Curso do Dalton? É interessante pensar nisso hoje, até mesmo engraçado!
Após muitos anos afastada da música - eu estudara música por muitos anos e quando comecei a trabalhar como arquiteta, não tinha mais tempo para a música - encontrei por acaso com um colega da época de conservatório, que havia aberto uma escola de música, com uma proposta pedagógica muito diferente da tradicional. Convidou-me para conhecer sua escola - Espaço Musical. Fui até lá fazer-lhe uma visita e saí matriculada como aluna. Isso foi nos idos de 1988!
A idéia era aprender música "rotulada" como popular. Meu instrumento sempre foi o piano. Havia estudado música erudita, pelo método tradicional, minha vida inteira. Tudo era novidade para mim no universo musical. A professora de instrumento era uma pessoa muito especial, pois também havia percorrido um caminho semelhante ao meu, ou seja, havia estudado erudito e um dia, após já ter se formado no conservatório, decidiu ter aulas com os Godóis. Essa condição foi importante, pois eu me sentia compreendida por ela.
Confesso que me senti muito mal nos primeiros contatos com toda aquela novidade. Foi como se nunca tivesse realmente estudado música. Deprimi. Tinha uma dificuldade especial com o improviso. Já estava querendo desistir.
Foi quando ouvi falar do Curso do Dalton e da base teórica - e prática - que permeava o curso. Então, pensei, se o curso de desenho ajuda a liberar o lado artístico do cérebro e se eu fizer o curso, em tendo liberado a fluidez artística, terei facilitado o improviso na música.
Comecei o Curso do Dalton, gostei tanto, descobri novas possibilidades e prazeres dentro de mim que acabei largando as aulas de música e continuei com as aulas do Dalton até 1993. Em 1991, fiz uma exposição na própria escola do Dalton, que chamei de Metamorflores.
E foi assim que tudo começou!
Após muitos anos afastada da música - eu estudara música por muitos anos e quando comecei a trabalhar como arquiteta, não tinha mais tempo para a música - encontrei por acaso com um colega da época de conservatório, que havia aberto uma escola de música, com uma proposta pedagógica muito diferente da tradicional. Convidou-me para conhecer sua escola - Espaço Musical. Fui até lá fazer-lhe uma visita e saí matriculada como aluna. Isso foi nos idos de 1988!
A idéia era aprender música "rotulada" como popular. Meu instrumento sempre foi o piano. Havia estudado música erudita, pelo método tradicional, minha vida inteira. Tudo era novidade para mim no universo musical. A professora de instrumento era uma pessoa muito especial, pois também havia percorrido um caminho semelhante ao meu, ou seja, havia estudado erudito e um dia, após já ter se formado no conservatório, decidiu ter aulas com os Godóis. Essa condição foi importante, pois eu me sentia compreendida por ela.
Confesso que me senti muito mal nos primeiros contatos com toda aquela novidade. Foi como se nunca tivesse realmente estudado música. Deprimi. Tinha uma dificuldade especial com o improviso. Já estava querendo desistir.
Foi quando ouvi falar do Curso do Dalton e da base teórica - e prática - que permeava o curso. Então, pensei, se o curso de desenho ajuda a liberar o lado artístico do cérebro e se eu fizer o curso, em tendo liberado a fluidez artística, terei facilitado o improviso na música.
Comecei o Curso do Dalton, gostei tanto, descobri novas possibilidades e prazeres dentro de mim que acabei largando as aulas de música e continuei com as aulas do Dalton até 1993. Em 1991, fiz uma exposição na própria escola do Dalton, que chamei de Metamorflores.
E foi assim que tudo começou!
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